18 de outubro de 2013

PLANETA URANO

Urano


 
   Urano (também referido como Úrano) é o sétimo planeta do Sistema Solar, situado entre Saturno e Neptuno. A característica mais notável de Urano é a estranha inclinação do seu eixo de rotação, quase noventa graus em relação com o plano de sua órbita; essa inclinação não é somente do planeta, mas também de seus anéis, satélites e campo magnético. Urano tem a superfície mais uniforme de todos os planetas caracterizando-se pela sua cor azul-esverdeada, produzida pela combinação de gases na sua atmosfera, e tem anéis que não podem ser vistos a olho nu; além disso, tem um anel azul, que é uma peculiaridade planetária. Urano é um de poucos planetas que tem um movimento de rotação retrógrado, similar ao de Vénus.
   Tem 27 satélites à sua volta e um fino anel de poeira.
   O seu diâmetro equatorial é de cerca de 51 118 km, isto é, quatro vezes superior ao da Terra. Urano situa-se a cerca de 2 870 000 000 de km do Sol, equivalente a 19,18 vezes a distância da Terra ao Sol (19,18 U.A. - Unidades Astronómicas).
   A inclinação axial próxima de 90º de Urano fá-lo girar praticamente "deitado"; por isso as suas regiões equatoriais ficam muito fracamente expostas à luz e à energia solar a maior parte do tempo, especialmente por ocasião dos solstícios de Urano. O que ainda permanece incógnito e sem resposta clara é o facto da temperatura destas regiões não serem menores do que as temperaturas registradas nos pólos; estes, em função da inclinação axial, ficam alternadamente expostos à radiação solar. É provável que haja algum tipo de geração de calor e que a dinâmica atmosférica deste planeta promova, de alguma forma, o aquecimento das regiões equatoriais, mas até o momento não há consenso entre os cientistas sobre como se processa.

Estrutura interna
   Urano tem um núcleo composto de rochas e gelo de diferentes tipos, este último muito mais abundante. O planeta tem uma densa atmosfera formada por uma mistura de Hidrogénio e Hélio que pode representar até 15% da massa planetária. Urano (assim como Neptuno) é em muitos aspectos um gigante gasoso cujo crescimento se interrompeu sem ter acumulado as grandes massas dos gigantes planetas gasosos internos Júpiter e Saturno.

Os anéis de Urano
  
   O planeta Urano possui um sistema de anéis planetários de complexidade intermediária entre o conjunto mais amplo em torno de Saturno e os sistemas mais simples em torno de Júpiter e Neptuno. Os anéis de Urano foram descobertos em 10 de março de 1977 por James L. Elliot, Edward W. Dunham, e Douglas J. Mink. Mais de 200 anos antes, William Herschel também relatou ter observado anéis, apesar de serem muito escuros e fracos. Mais dois anéis foram descobertos em 1986 pela Voyager 2, e dois anéis exteriores foram encontrados em 2003-2005 pelo telescópio espacial Hubble.
   Até 2008 o sistema de anéis de Urano possuia 13 anéis distintos. O raio de distância é de cerca de 38.000 km para o mais próximo e de cerca de 98.000 km para o anel mais afastado. Arcos adicionais de poeira fraca podem existir entre os anéis principais. Os anéis são muito escuros.
   A maioria dos anéis de Urano são opacos, com apenas alguns quilómetros de largura. O sistema de anéis contém pouca poeira global, consiste principalmente de grandes massas de 0.2-20 m de diâmetro. No entanto, alguns anéis são opticamente finos. A relativa ausência de poeira no sistema de anéis de Urano é devido ao arrasto aerodinâmico a partir da alargada exosfera de Urano.
   Acredita-se que os anéis de Urano sejam relativamente jovens, com não mais de 600 milhões de anos. O mecanismo que define os estreitos anéis não é bem entendido. Inicialmente acreditava-se que os anéis tinham luas próximas a eles. No entanto, em 1986 a Voyager 2 descobriu apenas um par Cordélia e Ophelia à volta do anel mais brilhante. O sistema de anéis de Urano provavelmente originou-se da colisão e fragmentação de uma série de luas, uma vez que existiam em torno do planeta. Após a colisão, as luas provavelmente quebraram-se em inúmeras partículas, que tornaram-se estreitos e densos anéis estritamente limitados apenas em zonas de máxima estabilidade.

Os seus satélites naturais
   Urano tem 27 satélites naturais conhecidos. Nenhum deles possui atmosfera. Os nomes dos satélites de Urano foram retirados de personagens de várias peças de William Shakespeare e de obras de Alexander Pope, especialmente os personagens principais femininos deles. Referimos a seguir o nome delas, bem como a obra literária a que estão associadas:
  • Oberon (Sonho de uma noite de verão de Shakespeare)
  • Titânia (Sonho de uma noite de verão, de Shakespeare)
  • Umbriel (The Rape of the lock, de Alexander Pope)
  • Ariel (A Tempestade, de Shakespeare; também em The Rape of the lock, de Pope)
  • Miranda (A Tempestade, de Shakespeare)
  • Puck (Sonho de uma noite de verão, de Shakespeare)
  • Pórcia (O Mercador de Veneza, de Shakespeare)
  • Julieta (Romeu e Julieta, de Shakespeare)
  • Créssida (Troilo e Créssida, de Shakespeare)
  • Rosalinda (Como lhe aprouver - As You Like It, de Shakespeare)
  • Belinda (The Rape of the lock, de Pope)
  • Desdémona (Otelo, de Shakespeare)
  • Cordélia (Rei Lear, de Shakespeare)
  • Ofélia (Hamlet, de Shakespeare)
  • Bianca (A megera domada - Taming of the Shrew - de Shakespeare)
  • Sycorax (Mãe do Monstro Caliban - A tempestade - de Shakespeare)
   Os satélites maiores são Titânia e Oberon, de tamanho semelhante (1580 e 1520 km de diâmetro, respectivamente). Outros satélites importantes são Umbriel, Ariel e Miranda. Eram estes os cinco satélites conhecidos de Urano antes da chegada da Voyager 2. Astrónomos localizaram-nos entre 1787 e 1848.
   Os satélites maiores foram fotografados pela sonda espacial Voyager 2 entre1985 e 1986. As fotos tiradas por ela ainda são as imagens de maior resolução que temos destas luas tão distantes.
   Nos meses anteriores à chegada da Voyager 2 sua câmera foi dedicada à exploração do plano equatorial para descobrir novos satélites invisíveis da Terra. Ela encontrou 10 luas com diâmetros de 40 a 160 kms. Elas estão localizadas entre o anel mais externo e Miranda. Posteriormente, a partir dos anos 90, o Telescópio espacial Hubble permitiu aumentar o número de satélites conhecidos para um total de 27.
Miranda é um satélite de apenas 470km de diâmetro. Ele tem o precipício mais alto do Sistema solar (Verona Rupes); uma parede muito alta com 20 km altura (10 vezes mais altas que as paredes do Grand Canyon, na Terra).
   Uma particularidade das luas de Urano é que 8 das 9 luas mais distantes (Francisco, Caliban, Stephano, Trinculo, Sycorax, Prospero, Setebos e Ferdinand) são todas luas de massa relativamente pequena, orbitam Urano no sentido retrógrado ao movimento dos planetas e possuem uma grande inclinação em relação ao plano orbital.

17 de outubro de 2013

Uma Ótima tarde a todos!!!!

Que a luz Divina recaia sobre todos!!!
Abraços a todos os visitantes do blog :)

Lua em Áries-16/10/2013 22:19

16/10/2013 22:19 - Lua em Áries
Ótimo para esportes e competições. Período favorável para iniciar projetos, principalmente se envolverem algum esforço físico. Propício para atividades que lidem com máquinas, motores, ferro e fogo. Como a energia está em abundância as pessoas se tornam competitivas e autoconfiantes. A energia sexual fica em evidência. Treinamentos, jogos esportivos e atividades individuais tendem a ter bons resultados. A ambição e o desejo de vencer toma conta dos ânimos, mas deixa as pessoas irritáveis e nervosas. Explosões e discussões podem ocorrer.

15 de outubro de 2013

14/10/2013 18:07 - Lua em Peixes

14/10/2013 18:07 - Lua em Peixes
Atividades ligadas ao bem estar público, auxílio ao próximo e espiritualidade são a marca deste período. Questões relativas à arte e à música são beneficiadas. As pessoas ficam propensas ao consumo de álcool e drogas. Inadequado para tomada de decisões que se refiram a finanças ou à matéria. Excelente para a inspiração, a criatividade e meditação. Emoções e sentimentos se tornam mais evidentes. A tendência à compreensão e entendimento se manifesta claramente, mas aparecem pessoas enganosas e desonestas. Ótimo para contato com o mar, o mundo interior e com a arte.

13 de outubro de 2013

12/10/2013 15:01 - Lua em Aquário

12/10/2013 15:01 - Lua em Aquário
Ideal para encontros de grupos de estudo e trabalhos que exijam cooperação mútua. Período ideal para trocas de idéias e informações com amigos e grupos de afinidade. Assuntos que se relacionem com a modernidade, tecnologia, comunidade e ideais são beneficiados. As pessoas se tornam mais extrovertidas e amistosas, desejando usufruir de seus direitos. Questionamento das normas estabelecidas, atividades novas, inconvencionais e controvertidas tendem a obter resultados benéficos. Rebeldia e revolução são a marca deste período. A liberdade é o foco principal.

11 de outubro de 2013

Aprenda curiosidades incríveis sobre o Sol

Aprenda curiosidades incríveis sobre o Sol

Ele é a fonte de vida do nosso planeta; saiba mais!

sol_siteO Sol é a estrela mais próxima do nosso Sistema Solar
O Sol está no centro do Sistema Solar e todos os planetas giram a seu redor, cada um com um período diferente. Ele é o responsável pelo suprimento da luz e da energia necessárias para a existência de vida na Terra.
Ele é uma estrela, como todas as outras que vemos no céu à noite. Só que as outras estão a muitos anos-luz e, por isso, que parecem pontinhos no céu. Já o Sol está milhares de vezes mais próximo (a apenas 8 minutos-luz de distância).
Conheça outros fatos incríveis sobre a grande estrela do Sistema Solar.
Fogo? Nada disso
Ele parece sempre em chamas, mas não existe qualquer sinal de fogo no Sol. O que acontece lá é que a atmosfera solar é formada por gases que causam explosões e geram calor e luz.
Muitos gases
O Sol tem uma massa 332.900 vezes maior do que a da Terra e um volume 1.300.000 vezes maior que o do nosso planeta. Ele é composto basicamente de hidrogênio (74% de sua massa, ou 92% de seu volume) e hélio (24% da massa solar, 7% do volume solar), a outros elementos, incluindo ferro, níquel, oxigênio, silício, enxofre, magnésio, néon, cálcio e crômio.
sol_site5O Sol está bem distante da Terra
Lá longe
O Sol está tão distante, mas tão distante da Terra, que a sua luz demora 8 minutos e 18 segundos para chegar aqui. O astro-rei, aliás, é só mais uma estrela no meio de outras 200 bilhões que existem na nossa galáxia.
Bem velhinho
O Sol tem cerca de 4,5 bilhões de anos de idade e, como toda estrela, um dia ele vai apagar. Calma, aí, isso só vai acontecer daqui uns 4,5 bilhões de anos. Aí, ele vai se tornar uma nebulosa, depois uma anã-branca até virar uma estrela anã-negra. Ou seja, sua luz vai ficar tão fraca que o calor que ele emite não vai chegar mais em nosso planeta e toda a vida por aqui vai desaparecer.
sol_site3Uma eclipse pode escurecer totalmente o dia!
Quem apagou a luz?
Quando a Lua fica entre a Terra e o Sol, ocorre um eclipse solar. Nessa hora, a Lua vai cobre parcialmente ou totalmente o Sol, podendo escurecer o céu e o dia fica parecendo noite. Esse fenômeno pode ocorrer de duas a cinco vezes por ano. Para os povos do passado, as eclipses eram um sinal de que os deuses estavam zangados com os humanos.
Sai de baixo!
Quando o Sol chegar ao final de sua vida, sua temperatura aumentará bastante e as camadas exteriores irão se crescer de tamanho. Essa expansão provavelmente engolirá os planetas Mercúrio e Vênus – e possivelmente até a Terra. Mesmo se nosso planeta mudar sua órbita e conseguir escapar de ser engolido, ele ficará tão, tão gelado que não haverá chance de ter vida por aqui.
sol_site6Tempestades solares são explosões bem fortes na superfície do Sol
Tempestade sem chuva
Há épocas em que as explosões na superfície do Sol são bem fortes, as chamadas de tempestades solares. O grande astro libera muita energia e radiação, causando desastres como destruição de satélites artificiais em órbita da Terra, interferência nos serviços de telefonia e até queda de energia elétrica.
Gravidade em ação
O Sol também como função manter o Sistema Solar em ordem. Ele tem uma gravidade 28 vezes maior do que a Terra e é essa força que atrai os planetas, luas e asteroides, mantendo cada corpo celeste em seu devido lugar.
Na medida certa
A distância entre a Terra e o Sol é um fator fundamental, pois permite criar um ambiente de temperatura e luminosidade adequado para a manutenção da vida. Nenhum outro planeta do Sistema Solar, com exceção de Marte, possui as condições ideais de vida semelhante às da Terra; uns são muito quentes, outros muito frios. Por falar em temperatura, também fica óbvio que sem o Sol, a Terra seria um lugar incrivelmente gelado.
sol_site2As auroras boreal e austral liberam arcos coloridos no céu
Cores mágicas
Partículas de material solar lançadas no espaço causam o vento solar, um fenômeno que forma arcos luminosos nos polos da Terra, conhecido como aurora boreal (região norte) ou aurora austral (região sul).
Superpoderoso
Os antigos consideravam o Sol um deus. Para os gregos, por exemplo, ele era Hélios, que percorria o céu em sua carruagem e levando calor e luz para os humanos. Hoje sabemos que ele é uma estrela, mas tem como negar poder: sem ele, não existiria vida no planeta Terra.
As camadas do Sol
camadas-sol
1. Núcleo – Há grande concentração de gases como hidrogênio e hélio, responsáveis pelas reações químicas que produzem a energia solar.
2. Zona de radiação – As reações químicas continuam e a energia é transportada para fora.
3. Zona de convecção – Os gases se movem e liberam muita energia para a superfície.
4. Fotosfera – É a superfície visível do Sol. A olho nu, ela parece bem uniforme. Na verdade, ela é formada pequenas estruturas hexagonais, os grânulos, separadas por zonas mais escuras.
5. Cromofesra – É uma região fica para fora da superfície solar, formada por gases.
6. Corona – Camada gasosa, também externa, onde acontecem os ventos solares.
Você sabia que...
  • O Sol tem 1.390.000 quilômetros de diâmetro? É tão grande que, dentro dele, caberiam um milhão de planetas do tamanho da Terra. E, acredite, existem no universo estrelas muito maiores do que o nosso astro.
  • A Nasa e a Agência Espacial Europeia tem monitorado constantemente as atividades do Sol? Esses estudos e observações têm por objetivo aumentar os conhecimentos sobre essa importante estrela e melhorar a vida em nosso planeta.
  • Em várias línguas, a palavra domingo significa “dia do sol”? Por exemplo, em inglês (Sunday) e em alemão (Soontag).
  • Não se deve olhar diretamente para o Sol? A luz é tão forte que pode machucar os olhos. Além disso, alguns de seus raios podem queimar a pele e causar doenças.
  • A luz solar viaja mais ou menos 150 milhões de quilômetros em apenas 8 minutos para chegar à Terra? Velocidade turbo!

Fases da Lua em 2013



q.minguante


nova


q. crescente


cheia




Janeiro
dia 05
às 00:58



dia 11
às 16:44



dia 18
às 20:45



dia 27
às 01:38











q. minguante


nova


q. crescente


cheia

Fevereiro
dia 03
às 10:56



dia 10
às 04:20



dia 17
às 17:31



dia 25
às 17:26







q. minguante


nova


q. crescente


cheia

Março
dia 04
às 18:53



dia 11
às 16:51



dia 19
às 14:27



dia 27
às 06:27







q. minguante


nova


q. crescente


cheia

Abril
dia 03
às 01:37



dia 10
às 06:35



dia 18
às 09:31



dia 25
às 16:57







q.minguante


nova


q. crescente


cheia


q. minguante

Maio
dia 02
às 08:14



dia 09
às 21:28



dia 18
às 01:35



dia 25
às 01:25



dia 31
às 15:58







nova


q. crescente


cheia


q. minguante

Junho
dia 08
às 12:56



dia 16
às 14:24



dia 23
às 08:32



dia 30
às 01:54







nova


q. crescente


cheia


q. minguante

Julho
dia 08
às 04:14



dia 16
às 00:18



dia 22
às 15:16



dia 29
às 14:43







nova


q. crescente


cheia


q. minguante

Agosto
dia 06
às 18:51



dia 14
às 07:56



dia 20
às 08:13



dia 28
às 06:35







nova


q. crescente


cheia


q. minguante

Setembro
dia 05
às 08:36



dia 12
às 14:08



dia 19
às 08:13



dia 27
às 00:55







nova


q. crescente


cheia


q. minguante

Outubro
dia 04
às 21:35



dia 11
às 20:02



dia 18
às 20:38



dia 26
às 20:40







nova


q. crescente


cheia


q. minguante

Novembro
dia 03
às 09:50



dia 10
às 02:57



dia 17
às 12:16



dia 25
às 10:48







nova


q. crescente


cheia


q. minguante

Dezembro
dia 02
às 21:22



dia 09
às 12:12



dia 17
às 06:28



dia 25
às 10:48

10 de outubro de 2013

Lua em Capricórnio 10/10/2013 12:18

10/10/2013 12:18 - Lua em Capricórnio
Período indicado para planejamento profissional e estabelecimento de metas a médio e longo prazo. Atividades que exijam disciplina, responsabilidade e segurança são favorecidos. As pessoas tendem a se tornar mais sérias, cautelosas e conservadoras. Não é um período adequado para atividades que exijam rapidez e dinamismo. Os assuntos ligados a negócios, empreendimentos, economia e política obtêm resultados mais compensadores. Questões ligadas a imóveis, construção e reformas são beneficiados. Um certo pessimismo e depressão pode tomar conta dos ânimos.

9 de outubro de 2013

Constelações



O QUE É CONSTELAÇÃO

Antes da década de 30, as constelações eram definidas como agrupamentos de estrelas na esfera celeste* que, imaginariamente, formavam figuras de personagens como pessoas, animais, objetos ou seres mitológicos. Este conceito passou a ser inconveniente para o progresso científico do século XX.
Em 1930, Eugène J. Delporte propôs um novo conceito de constelação. Este foi adotado pela IAU (International Astronomical Union - União Astronômica Internacional) e continua em vigor até hoje, o qual determina que constelação é a divisão da esfera celeste, geometricamente, em 88 regiões ou partes. De maneira que, olhando para o céu de dentro da esfera celeste, qualquer objeto celeste que estiver na região de uma constelação, além das estrelas da mesma, é considerado parte da constelação. Esse objeto pode não ter qualquer tipo de ligação astrofísica com os outros objetos pertencentes à constelação.
Na realidade, as estrelas e outros constituintes de uma constelação geralmente não têm relação física entre si. Mas tendemos a pensar o contrário. Isto porque quando olhamos para o céu, não temos a percepção das distâncias reais das estrelas a nós, mas apenas uma idéia da disposição delas em relação às outras na esfera celeste. Por isso, temos a impressão de que todas as estrelas, nebulosas, galáxias e outros objetos celestes, estão todas à mesma distância da Terra e próximos entre si.
Na figura abaixo, temos um exemplo de constelação. A linha vermelha ao redor do desenho artístico de uma cruz indica a região que delimita a constelação do Cruzeiro do Sul na esfera celeste. O desenho da cruz está sobre as linhas imaginárias que ligam as principais estrelas da constelação. A diferença no brilho aparente das estrelas é representada no tamanho do desenho delas.
  

*Esfera Celeste: quando observamos o céu noturno em uma noite estrelada, temos a impressão de estarmos no meio de uma grande esfera ou abóbada (espécie de teto curvo) onde estariam incrustadas as estrelas. Isto inspirou os antigos a chamar o céu de esfera celeste. Hoje essa idéia é usada apenas para simplificar a compreensão do céu, suas regiões e mudança de posição aparente durante o decorrer da noite. Não fazem parte da esfera celeste os planetas, o Sol e a Lua por suas relações mais dinâmicas em relação à Terra.
ORIGEM DAS CONSTELAÇÕES
 
O ser humano desde a antiguidade possui curiosidade a respeito do céu estrelado. Isto é evidenciado em inscrições e construções antigas. O céu era visto com certo espanto, receio, admiração e respeito. O desconhecimento das causas científicas dos fenômenos astronômicos instigava o ser humano a destinar valores divinos aos astros celestes.
As constelações foram inventadas pelo ser humano. Cada povo e tribo possuíam suas próprias constelações. Às vezes, coincidia que quase o mesmo conjunto de estrelas tinha nome e significado diferentes para povos diferentes. Guardar a forma ou a localização dessas figuras no céu não era um trabalho fácil, e assim, criavam mitos e histórias sobre as constelações.
Com o tempo, os povos perceberam que as constelações podiam ser úteis. Era possível identificar os períodos de caça, agricultura e pesca. Serviam para determinar a passagem do tempo, as estações do ano e o clima. Foram feitos calendários inspirados nos fenômenos celestes (como os períodos lunares e solares). Demarcaram a trajetória do Sol durante o ano usando as constelações que chamaram de Zodíaco (dependendo da posição do Sol no Zodíaco, sabiam-se as condições do clima e as estações do ano).
Atualmente, as constelações não possuem a mesma importância da antiguidade. Mas ainda são úteis para os estudos astronômicos, como por exemplo, indicar direções no Universo e tornar mais fácil a identificação de astros no céu. Existem estrelas que são utilizadas para direcionar equipamentos de navegação espacial, como a Canopus, da constelação Carina, a Formalhaut, do Peixe austral, e Sírius, do Cão maior.
Algumas constelações só podem ser vistas completamente por alguém que se encontra num hemisfério terrestre. Por exemplo, a Ursa Menor, por quem está no Hemisfério Norte, e o Octante, por quem está no Hemisfério Sul.
Das 88 constelações reconhecidas pela União Astronômica Internacional hoje, mais da metade foram descritas primeiramente pelos gregos antigos. Cláudio Ptolomeu (127-145 d.C.), baseando-se provavelmente no catálogo de estrelas do astrônomo grego Hiparco (século II a.C.), atualizou o mesmo e organizou as estrelas em 48 constelações, registradas em seu sétimo e oitavo livro Almagesto. Entre o século XVI e XVII d.C., astrônomos europeus, navegantes e cartógrafos celestes, adicionaram novas constelações às de Ptolomeu, principalmente feitas pelos europeus que primeiro exploraram o Hemisfério Sul: o astrônomo Johannes Hevelius, os holandeses, Frederick de Houtman, Pieter Dirkszoon Keyser e Gerard Mercator, o astrônomo francês Nicolas Louis de Lacaille, e outros.
As 88 constelações ocidentais
Segundo a União Astronômica Internacional, a esfera celeste está dividida em 88 partes. Abaixo, estão seus nomes em latim e sua tradução para o português:
 

Andromeda, Andrômeda (mit.)

Antlia, Bomba de Ar

Apus, Ave do Paraíso

Aquarius, Aquário
Aquila, Águia
Ara, Altar
Aries, Áries (Carneiro)
Auriga, Cocheiro
Boötes, Pastor
Caelum, Buril de Escultor
Camelopardalis, Girafa
Cancer, Câncer (Caranguejo)
Canes Venatici, Cães de Caça
Canis Major, Cão Maior
Canis Minor, Cão Menor
Capricornus, Capricórnio
Carina, Quilha (do Navio)
Cassiopeia, Cassiopéia (mit.)
Cetus, Baleia
Chamaeleon, Camaleão
Circinus, Compasso
Columba, Pomba
Coma Berenices, Cabeleira
Corona Australis, Coroa Austral
Corona Borealis, Coroa Boreal
Corvus, Corvo
Crater, Taça
Crux, Cruzeiro do Sul
Cygnus, Cisne
Delphinus, Delfim
Dorado, Dourado (Peixe)
Draco, Dragão
Equuleus, Cabeça de Cavalo
Eridanus, Eridano
Fornax, Forno
Gemini, Gêmeos
Grus, Grou (tipo de ave)
Hercules, Hércules
Horologium, Relógio
Hydra, Cobra Fêmea
Hydrus, Cobra Macho
Indus, Índio
Lacerta, Lagarto
Leo, Leão
Leo Minor, Leão Menor
Lepus, Lebre
Libra, Libra (Balança)
Lupus, Lobo
Lynx, Lince
Lyra, Lira
Mensa, Montanha da Mesa
Microscopium, Microscópio
Monoceros, Unicórnio
Musca, Mosca
Norma, Régua
Octans, Octante ou Oitante
Ophiuchus, Caçador de Serpentes
Orion, Órion (Caçador)
Pavo, Pavão
Pegasus, Pégaso (Cavalo Alado)
Perseus, Perseu (mit.)
Phoenix, Fênix
Pictor, Cavalete do Pintor
Pisces, Peixes
Piscis Austrinus, Peixe Austral
Puppis, Popa (do Navio)
Pyxis, Bússola
Reticulum, Retículo  
Sagitta, Flecha
Sagittarius, Sagitário
Scorpius, Escorpião
Sculptor, Escultor
Scutum, Escudo
Serpens, Serpente
Sextans, Sextante
Taurus, Touro
Triangulum, Telescópio
Triangulum Australe, Triângulo Austral
Tucana, Tucano
Ursa Major, Ursa Maior
Ursa Minor, Ursa Menor
Vela, Vela (do Navio)
Virgo, Virgem
Volans, Peixe Voador
Vulpecula, Raposa

 
IDENTIFICANDO ALGUMAS CONSTELAÇÕES
 
 Das 88 constelações ocidentais, algumas são mais fáceis de identificar no céu noturno por causa de suas estrelas de maior brilho aparente. Uma constelação bastante fácil é a de Órion, cuja sigla é “Ori”. Esta é uma das mais bonitas do céu noturno, e representa a figura mitológica de um caçador ou de um guerreiro gigante em companhia de seus dois cães de caça (representados pelas constelações Cão Maior e Cão Menor).
Na mitologia grega, Órion foi perseguido e ferido mortalmente por um escorpião enviado para matá-lo. Esses dois personagens, Órion e Escorpião, tornaram-se constelações, e foram postos no céu em oposição: quando Órion está se pondo no oeste, Escorpião está nascendo no leste. Mas há outras mitologias, em outras culturas, relacionadas a estes personagens.
         Para encontrar Órion, o observador pode procurar no céu um conjunto de três estrelas próximas de brilho parecido e enfileiradas, conhecidas como “Três Marias” (seus nomes verdadeiros são: Alnilam, Alnitak e Mintaka). Estas fazem parte de Órion, sendo seu cinto ou cinturão. Próximo ao cinturão é possível ver quatro estrelas brilhantes, duas acima e duas abaixo do cinturão, formando uma figura que lembra asas de borboleta.
 
         Há um objeto celeste bem conhecido nesta constelação, que é a Nebulosa de Órion ou M42 / M43. É uma grande nuvem de gás e poeira formadora de estrelas. Encontra-se a cerca de 1500 anos-luz de distância. O telescópio Hubble já detectou cerca de 150 regiões nessa nebulosa onde há formação de estrelas e talvez futuros sistemas estelares com planetas.
                        
Constelações da Bandeira

Abaixo, temos a parte da bandeira do nosso país onde há a representação parcial ou total das principais estrelas de algumas constelações. As estrelas da bandeira brasileira representam os estados e o Distrito Federal do nosso país, sendo 26 estrelas para os estados e uma para o Distrito Federal.

 
O céu representado na nossa bandeira corresponde ao céu da cidade do Rio de Janeiro no dia e hora da Proclamação da República, que aconteceu no dia 15 de novembro de 1889, às 08h30min. Neste horário, não havia estrelas visíveis no céu além do nosso Sol, pois a luz dele, espalhada na nossa atmosfera, ofusca o brilho das outras estrelas. Mas mesmo assim, os astrônomos sabiam as constelações que estavam no céu naquele momento.
Segundo a Lei nº 5.700 de 1º de Setembro de 1971, as estrelas representadas na bandeira devem ser postas como se estivessem sendo vistas de fora da esfera celeste. Por causa disso, as constelações aparecem “espelhadas” (invertidas). Veja abaixo um exemplo.
Numa constelação, a estrela mais brilhante recebe o nome de alfa; a segunda mais brilhante recebe o nome de beta; a terceira mais brilhante recebe o nome de gama, e assim por diante, sempre de acordo com a ordem alfabética do alfabeto grego. Temos assim: alfa crux, beta crux, alfa leonis, beta leonis e ect.

Cruzeiro do Sul (Cru)
Esta constelação é importante e famosa no Hemisfério Sul. Apesar de ser pequena, é bem reconhecível por suas estrelas de brilho considerável.
O Cruzeiro do Sul, para os gregos antigos, pertencia à constelação do Centauro. Os navegantes europeus no século XVI transformaram essa parte do Centauro em outra constelação e a chamaram de Cruzeiro do Sul. Por sua vez, o cruzeiro ajudava nas rotas dos navegantes, pois o eixo maior da cruz aponta aproximadamente para o pólo Sul celeste. Basta tomarmos o tamanho do eixo maior da cruz e o prolongarmos em linha reta cerca de quatro vezes e meia.
Um dos objetos celestes interessantes no Cruzeiro do Sul é o Aglomerado Aberto de estrelas chamado Caixa de Jóias ou NGC 4755. Pode ser visto a olho nu, próximo a beta crux, como uma pequena mancha. Tem o nome de Caixa de Jóias, pois nos dá a impressão de estarmos vendo jóias brilhantes ao telescópio.
Na nossa bandeira, as estrelas do Cruzeiro do Sul representam os estados do sudeste do país e o estado da Bahia.


Temos os estados, em ordem de brilho das estrelas: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo.

Escorpião (Sco)

Constelação facilmente reconhecível. Podemos vê-la do lado esquerdo do Cruzeiro do Sul na direção leste. A “cauda” curva, sugerindo uma interrogação de ponta cabeça é muito aparente no céu. Faz parte do zodíaco, e se localiza entre as constelações da Libra e de Sagitário. Na mitologia grega, foi o animal que matou Órion com sua picada.

A estrela de maior brilho aparente desta constelação é a supergigante vermelha Antares, e é centenas de vezes maior que o Sol. É conhecida também como o “coração do Escorpião”.
Na nossa bandeira, representa os estados do nordeste, em ordem de brilho das estrelas: Piauí, Maranhão, Ceará, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco.
                     

Cão Maior (CMa)
Cão Maior é a constelação que contém a estrela mais brilhante do céu noturno, Sírius. Para os gregos antigos, este cão era um dos que seguiam o caçador mitológico Órion em suas caçadas. Sírius é bastante semelhante ao Sol em tamanho e luminescência. Está a cerca de 8,7 anos luz de distância.

As histórias sobre os cães de Órion não são de proporções míticas, mas os gregos tinham várias crenças interessantes sobre Sírius, Alpha Canis Majoris. O nome Sírius  talvez tenha vindo do grego, que significa "ardente". O Ano Novo ateniense começava com o aparecimento desta estrela.


Na bandeira, representa os seguintes estados, em ordem de brilho das estrelas: Mato Grosso, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins.
 
Cão Menor (Cmi)
Representa o menor dos cães de caça de Órion. O único ponto de interesse é a sua alfa, Procyon. O nome significa em grego "antes do cão", referindo-se ao fato de que esta estrela aparece no céu, do Hemisfério Norte, um pouco antes de Sírius nascer. Está a cerca de 11,4 anos-luz de distância, e está quase tão perto de nós quanto Sírius.
Na nossa bandeira, esta constelação é representada pela estrela Procyon, uma estrela sozinha, no lado esquerdo e debaixo da faixa “Ordem e Progresso”. Representa o estado do Amazonas.
Triângulo Austral (TrA)
"O Triângulo do Sul" é uma constelação que também não é difícil de ser identificada, pois é uma das poucas que possui uma figura óbvia. Localiza-se próximo ao Cruzeiro do Sul e da constelação do Centauro.
Na bandeira, representa os estados do sul do país. Em ordem de brilho aparente das estrelas, temos: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
 
Virgem (Vir)
Esta é a segunda maior constelação do céu e a maior do Zodíaco. Virgem possui uma série de antigos mitos e contos. Para os antigos romanos, era a deusa Ceres do crescimento das plantas alimentares e das colheitas, e particularmente do milho.
Alpha Virginis é conhecida como Spica: a orelha "de trigo" que a deusa carrega. Spica é um binário eclipsante azul-branco com um período de pouco mais de quatro dias. A estrela é o dobro do tamanho do Sol, mas com uma luminosidade de cerca de duas mil vezes a do sol. Está a 260 anos-luz de distância.    

Há um aglomerado de galáxias chamado Aglomerado de Virgem. Este aglomerado fica localizado no “ombro” da Virgem. Acima, está representado pelos pequenos círculos vermelhos no alto da figura.
Na bandeira, a estrela Spica representa o estado do Pará, sendo a única estrela acima da faixa “Ordem e Progresso”.

Carina (Car)
Esta constelação não é fácil de identificar no céu. Carina significa a quilha (peça estrutural básica de uma embarcação) do navio mitológico Argo. Fazia parte da figura do Navio mitológico, que representa a nau dos argonautas, e foi dividida em três partes no século XVIII: Carina, Popa e Vela.
Carina é o lar da estrela Canopus (alpha Carinae), a segunda estrela mais brilhante do céu noturno. Localiza-se a cerca de 310 anos-luz de nós.
Na bandeira, a estrela Canopus representa o estado de Goiás.
 
  
Hidra (Hya)
Hidra é a maior constelação da esfera celeste. Estende-se por mais de um quarto do céu, passando perto de constelações como, a Balança, o Centauro, o Corvo, a Taça, o Sextante e Câncer.
É difícil de ver no céu, pois suas estrelas em geral têm pouco brilho, e é uma constelação muito extensa. O que mais chama a atenção nesta constelação é a região da cabeça, formada por seis estrelas de brilho modesto.
Na mitologia grega, Hidra era um monstro de muitas cabeças morto por Hércules em um de seus doze trabalhos. Mas no céu é representada como uma cobra d’água de uma só cabeça.
Na bandeira, a Hidra aparece por apenas duas estrelas, e representam os estados do Acre e Mato Grosso do Sul.

Octante (Oct)
Representa um instrumento náutico chamado de Octante ou Oitante, que serve para dividir um círculo em oito partes, o que facilita a tomada de medidas angulares na astronomia e navegação. A constelação foi criada pelo astrônomo francês Nicolas Louis de Lacaille no século XVI. Ela comemora o Octante, que foi inventado por John Hadley em 1731. 
A maioria das estrelas do Octante tem pouco brilho aparente, incluindo sigma(σ) octantis, a estrela do pólo Sul (que na verdade está a um grau a partir do pólo sul verdadeiro atualmente). Por seu brilho tão ínfimo, é difícil vê-la a olho nu. Por isso, não temos no hemisfério sul uma estrela brilhante para demarcar um local próximo ao pólo assim como a estrela polar Norte, Polaris (Ursa Menor). Mas podemos encontrar o local aproximado do pólo Sul celeste usando a constelação do Cruzeiro do Sul.
Na bandeira, esta constelação aparece somente pela estrela sigma octantis, e representa o Distrito Federal. Pode parecer estranho que tenha sido escolhida uma das estrelas menos brilhantes no céu para representar a capital do nosso país. Mas o motivo disso é o seguinte: é a estrela mais próxima do pólo Sul celeste, e por isso, as estrelas das outras constelações giram ao redor da sigma octantis, ou seja, todos os estados do Brasil “giram” ao redor do  Distrito Federal.
 
Veja a foto abaixo. Esta é uma foto de longa exposição da região do pólo Sul celeste, onde se podem ver os rastros das estrelas no céu indicando suas trajetórias no decorrer do tempo. Percebe-se que não há estrelas de brilho muito grande próximas ao pólo.
  
                                                  Fonte da foto: www.douglasgalante.com/voar.htm
  
Constelações do Zodíaco

O Zodíaco é uma faixa do céu limitada por dois paralelos de latitude celeste: um situado a 8º ao norte e o outro a 8º ao sul da Eclíptica (linha central do Zodíaco). Nessa faixa, passam sempre o Sol, a Lua e os planetas.
A Eclíptica é o círculo máximo da Esfera Celeste que representa a trajetória anual do Sol em seu movimento aparente ao redor da Terra. O movimento aparente do Sol é uma consequência do movimento de translação da Terra, que em um ano, descreve sua órbita ao redor do Sol. Este se desloca pela Eclíptica atravessando 13 constelações chamadas de constelações zodiacais, que são: Peixes, Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Ofiúco, Sagitário, Capricórnio e Aquário. Para um observador na Terra, a impressão é de que o planeta está fixo e o Sol, em um ano, realiza uma volta pela Esfera Celeste, percorrendo a Eclíptica.
 
O Zodíaco possui importância apenas pelo fato de ser sobre ele que estão o Sol, a Lua e os planetas. Na realidade, há 24 constelações localizadas na faixa zodiacal, algumas totalmente inclusas, e outras em somente uma parte. Mas as que são atravessadas pela Eclíptica são 13 constelações.
O Sol permanece em média um mês em cada constelação na Esfera Celeste. No caso de Virgem, onde leva mais tempo, são 44 dias, já em Escorpião, onde passa menos tempo, apenas 07 dias (e daí vai para Ophiuchus, onde passa 18 dias).
A seguir, as constelações do Zodíaco serão apresentadas de acordo com a ordem de passagem do Sol durante o ano, considerando como primeira constelação o Capricórnio (de 19 de janeiro a 15 de fevereiro).
Capricórnio (Cap)
A constelação é antiga, e foi um dos primeiros membros do Zodíaco, sendo a sua menor constelação. Possui estrelas de pouco brilho, e por isso não é fácil de identificá-la no céu. A linha vermelha, atravessando Capricórnio na figura, representa a linha da Eclíptica. Localiza-se entre Aquário e Sagitário. É normalmente traduzida como "A Cabra do Mar" ou "A Cabra-Peixe", embora o nome signifique, literalmente, com chifres de cabra.
Na mitologia grega, representava o deus Pã, que era semelhante a um bode. Pã era muito indeciso, nunca sabia tomar uma decisão depressa. Numa ocasião, os deuses estavam fugindo de um monstro marinho chamado Tifón. Os deuses se disfarçaram para despistar o monstro, mas Pã, em dúvida de qual animal se transformar, quando viu a sombra do monstro aproximar-se, sem conseguir decidir-se, transformou o seu tronco em cabra e as suas pernas num rabo de peixe: ficou transformado num peixe-cabra.

 Aquário (Aqr)
É uma das maiores constelações do Zodíaco, localiza-se entre Capricórnio e Peixes. O Sol passa em Aquário de 16 de fevereiro a 11 de março. Na mitologia grega, representa um jovem, e às vezes um homem velho, derramando água de uma jarra. Era um belo pastor, Ganimedes, de quem Zeus se agradou. Zeus enviou uma águia (há versões que dizem que o próprio Zeus que se transformou) que levou o rapaz para o monte Olimpo, onde serviria como copeiro dos deuses.
 
Peixes (Psc)
Representa dois peixes ligados pelas suas caudas na estrela alpha piscium. Na verdade, o nome da alfa, "Al Rischa", significa "o cordão". A constelação é bastante fraca; as estrelas de Peixes são geralmente de quarta magnitude. Localiza-se entre Aquário e Áries. O Sol passa em Peixes de 12 de março a 18 de abril.
Sua importância está em conter o ponto em que o Sol cruza o equador indo em direção ao norte a cada ano, no equinócio de março. Veja na figura abaixo onde a linha de cor vermelha, a Eclíptica, e a de cor azul, o Equador Celeste, se cruzam.

No mito grego, representa Afrodite e seu filho Eros, que se transformaram em peixes e mergulharam no Eufrates para escapar do monstro Tífon.

Áries (Ari)
Seu nome significa carneiro. Situa-se entre Peixes e Touro, e não é muito brilhante. Uma das formas de encontrá-la no céu é localizar as Plêiades (grande aglomerado aberto de estrela na constelação de Touro), pois fica próxima a este aglomerado. O Sol passa em Áries de 19 de abril a 13 de maio.
Na mitologia grega, representa o carneiro cujo velocino de ouro estava num carvalho na Cólquida, costa leste do mar Negro. Jasão e os argonautas fizeram uma viagem para levar o velocino à Grécia.

Touro (Tau) 
Touro é uma constelação que pode ser encontrada com facilidade. Localiza-se próxima a constelação de Órion. Sua estrela alfa, Aldebaran, é uma estrela gigante vermelha de cor muito visível no céu. Possui o grande e nítido aglomerado aberto de estrelas, Plêiades, conhecido também como Sete Irmãs. Podemos ver seis membros deste aglomerado a olho nu. Dista cerca de 400 anos-luz da Terra. O Sol passa em Touro de 14 de maio a 19 de junho.
 
Text Box: Plêiades
Outro aglomerado grande em Touro são as Híades (parte da constelação em formato de “V”). Está localizado a cerca de 150 anos-luz de nós, e é o aglomerado considerado mais próximo.
Há também outros objetos celestes interessantes, mas nem todos são possíveis de ver a olho nu ou com um telescópio pequeno. Um exemplo disso é a Nebulosa do Caranguejo (Veja abaixo). É o resto de uma estrela que explodiu. Foi visivelmente registrada em julho de 1054 por astrônomos chineses e japoneses. Na verdade, teria sido difícil não notar, pois esteve muito brilhante naquela época, o suficiente para ser visto até mesmo durante o dia por quase um mês.
Na mitologia grega, o Touro representa o disfarce que Zeus usou para atrair a atenção da princesa da Fenícia chamada Europa. Atravessou o Mediterrâneo a nado levando Europa nas costas até ilha de Creta.

Gêmeos (Gem)
Esta é uma constelação identificável com facilidade por suas estrelas mais brilhantes, Castor e Pollux, que representam as cabeças dos gêmeos mitológicos. Localiza-se entre Touro e Câncer. O Sol passa em Gêmeos de 20 de junho a 20 de julho.
Castor (alpha Geminorum) na verdade não é a mais brilhante de Gêmeos, mesmo tendo o nome de alfa. A mais brilhante é a Pollux. Castor está a 52 anos-luz de distância. Não é uma grande estrela em particular, tem cerca de duas vezes o diâmetro do Sol, e é um notável binário. Já Pollux, está a cerca de 34 anos-luz. É consideravelmente maior, com um diâmetro estimado de cerca de dez sóis. Elas estão a 4,5 graus de separação uma da outra, o que ajuda a observadores estimarem distâncias de separação entre outras estrelas no céu.

Na mitologia grega, os gêmeos são apenas metade irmãos. São filhos da mesma mãe (Leda), mas têm pais diferentes. O pai de Castor era um rei de Esparta, Tíndaro, e o pai de Pollux era ninguém menos que Zeus. 

Câncer (Cnc)
Câncer, traduzido como caranguejo, é a constelação mais fraca de todas as constelações do Zodíaco. Localiza-se entre Gêmeos e Leão. O Sol passa em Câncer de 21 de julho a 9 de agosto.
Um dos objetos celestes em Câncer é o aglomerado estelar M44 chamado de Presépio (ou Colméia, ou Manjedoura). É possível vê-lo a olho nu como um ponto difuso, e fica bonito pelo binóculo.


Na mitologia grega, o caranguejo atacou Hércules durante a sua luta com a Hidra, mas foi esmagado pelo pé do herói.
Leão (Leo)
É uma constelação onde a figura lembra realmente um leão. Localiza-se entre Câncer e Virgem. O Sol passa nesta constelação de 10 de agosto a 15 de setembro. No mito grego, Leão atormentava uma pequena aldeia da Grécia chamada Neméia. O animal era de couro impenetrável, mas Hércules conseguiu matá-lo.
Alpha leonis é chamada de "Regulus", e era vista como "Guardião do Céu". O nome de Regulus foi dado por Copérnico, mas a estrela era mais conhecida na antiguidade como “Cor Leonis”, “Coração de Leão”. Regulus é um binário múltiplo. Localiza-se tão próxima à Eclíptica, que a Lua muitas vezes passa perto, e até oculta a estrela em raras ocasiões.
  
Virgem (Vir)
O Sol passa em Virgem de 16 de setembro a 30 de outubro. Ver detalhes no tópico “Constelações da Bandeira”.
Libra (Lib)
Libra significa balança. Está localizada entre Virgem e Escorpião. Representa a balança da justiça segurada por Virgem. O Sol passa em Libra de 31 de outubro a 22 de novembro.
 
Para os gregos antigos, esta constelação fazia parte do Escorpião sendo suas garras. Por isso, suas duas estrelas mais brilhantes, ainda chamadas de Zubenelgenubi (alfa librae), veja seta vermelha na figura acima, e Zubeneschamali (beta librae), seta alaranjada na figura acima, significam “garra do sul” e “garra do norte”, respectivamente.
 
Escorpião (Sco)
O Sol passa em Escorpião de 23 de novembro a 29 de novembro. Ver detalhes no tópico “Constelações da Bandeira”.

Sagitário (Sgr)
O nome Sagitário deriva da palavra em latim sagitta que significa seta. Foram os romanos que deram o nome à constelação de Sagitário. É uma brilhante constelação do Zodíaco, entre Escorpião e Capricórnio. Tem como característica um padrão de estrelas que lembra o formato de um bule. Localiza-se próxima a região do céu onde está situada a direção do centro da nossa galáxia, Via Láctea. O Sol passa em Sagitário de 18 de dezembro a 18 de janeiro.

 Ofiúco (Oph)
Ofiúco, ou serpentário, é uma constelação distribuída sobre o equador celeste. Representa um homem segurando uma serpente. A cabeça de Ofiúco fica próxima da constelação de Hércules, e seus pés sobre a constelação do Escorpião. Embora seja uma constelação em que o Sol passe de 30 de novembro a 17 de dezembro, ela não faz parte do zodíaco. Mas vale citá-la aqui. A linha vermelha na figura abaixo é a linha da Eclíptica.
 
Na mitologia grega, Ofiúco era tido como o deus grego da medicina chamado de Esculápio. Ele ressuscitava os mortos. Hades, deus do Inferno, temendo que isto o atrapalhasse em seu comércio de almas mortas, pediu a Zeus que matasse Esculápio com um raio. Zeus pôs Esculápio entre as estrelas, onde é visto segurando uma serpente, símbolo da cura.