Netuno é o oitavo planeta a
partir do Sol. Encontra-se a uma distância de 4,5 bilhões de quilômetros do Sol (
~ 30,1 UA ). Seu diâmetro equatorial é de aproximadamente 50.000 km e sua massa
da ordem de 1026 kg.
Na mitologia Romana, Netuno (Posseidon
para os Gregos) é o Deus do mar. Quando da descoberta de Urano por Herschel em
1781, notou-se que os parâmetros da órbita desse planeta não correspondiam aos
valores esperados pelas Leis de Newton. Assim, previu-se a existência de um
planeta mais distante capaz de perturbar a órbita de Urano. Netuno foi então
observado pela primeira vez pelos astrônomos Galle e d'Arrest, em 23 de setembro
de 1846, em posições muito próximas às calculadas por seus colegas Adams e Le
Verrier, que determinaram parâmetros orbitais utilizando posições relativas de
Júpiter, Saturno e Urano. A estes dois astrônomos foi creditada a descoberta do
novo planeta.

Netuno foi visitado apenas
uma vez por uma sonda, a Voyager 2 em agosto de 1989. Muito do que se conhece do
planeta se deve a esse único encontro. Recentemente observações efetuadas por
telescópios baseados em Terra e pelo Telescópio Espacial Hubble têm contribuído
sobremaneira para o entendimento dos processos físicos aí presentes.
A composição química de
Netuno é, provavelmente, muito parecida à de seu vizinho Urano; sua atmosfera é
composta basicamente de hidrogênio e hélio e traços de metano e hidrocarbonetos
como etano e acetileno. O planeta deve possuir um pequeno núcleo rochoso cuja
massa deve ser próxima à da Terra.
Sua cor azul é o resultado da
absorção do vermelho pelo metano em sua atmosfera, mas existem efeitos
adicionais, ainda não totalmente identificados, que contribuem para a coloração
azul intensa nas nuvens de sua atmosfera.
Como um típico planeta
gasoso, Netuno possui ventos muito velozes confinados em bandas de latitudes e
grandes tempestades. Os ventos em Netuno são os mais rápidos do sistema solar
chegando a velocidades de até 2000 km/h.
Da mesma maneira que Júpiter
e Saturno, Netuno também possui uma fonte interna de calor e irradia mais do
dobro da energia que recebe do Sol.

Quando da visita da Voyager2,
a característica mais proeminente de Netuno era a grande mancha escura no
hemisfério sul do planeta. Entretanto, as observações efetuadas pelo Hubble em
1994 mostraram que a grande mancha havia desaparecido. Ela simplesmente dissipou
ou foi mascarada por outros aspectos de sua atmosfera. Alguns meses depois o
telescópio espacial descobriu uma nova mancha escura no hemisfério norte do
planeta. Isso indica que a atmosfera de Netuno muda muito rapidamente, talvez
devido a diferenças de temperatura entre as partes superiores e inferiores de
suas nuvens.

Em sua missão de 1994 o
Hubble fez a imagem ao lado a partir da composição de imagens tomadas em
diferentes filtros de cores, no visível e no infravermelho próximo. As regiões
rosadas são nuvens de cristais de gelo de metano na alta atmosfera do planeta.

Netuno também possui anéis
bastante escuros como os de Júpiter e Urano, e a composição desses anéis ainda é
desconhecida. Observações por telescópios baseados em Terra revelaram apenas
arcos difusos, mas as imagens obtidas pela Voyager 2, mostraram os anéis por
completo.
Em Netuno, o eixo magnético
está inclinado de 47 graus em relação ao eixo de rotação. Além disso, o
deslocamento do centro de seu campo magnético em relação ao seu centro
geométrico é o maior do sistema solar.
Devido à grande
excentricidade da órbita de Plutão, Netuno durante alguns anos se transforma no
planeta mais distante do sistema solar.

Netuno tem oito luas
conhecidas. Sete delas são pequenas e Tritão é relativamente grande nos padrões
do sistema solar. Seis delas foram descobertas pela missão Voyager 2, Tritão foi
descoberta em 1846 por Lassel e Nereida foi descoberta por Kuiper em 1949.
Tritão, a maior e mais conhecida, tem atmosfera predominantemente composta de
nitrogênio e metano, e apresenta "aurora" em sua alta atmosfera. Esse fenômeno é
causado pela interação de partículas carregadas do cinturão de radiação do
planeta com a atmosfera do satélite. Tritão possui ainda algumas características
curiosas, como o movimento orbital retrógrado e "geysers" lançando material
provavelmente rico em carbono, a 8km acima da superfície. Ao lado, uma imagem de
Netuno e Triton.
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